Ah, futebol. Dos meus alunos chateadíssimos porque perderam a partida que discputaram contra o Santo Antônio a flamenguistas e botafoguenses roendo o que lhes restou de unhas ao assistir à final do Campeonato Carioca, o brasileiro não tem o futebol como simples esporte.
Para início de conversa, elege-se um time de coração. Essa escolha geralmente é iniciada em família, o time do pai, do primo, do irmão mais velho, do coleguinha gente boa da escola. No meu caso, o time da madrinha, e de quase todos os primos: Clube de Regatas Flamengo. Esse time passa a ser motivo de alegrias e dores. Acompanhá-lo, sabê-lo, entendê-lo, amá-lo, escalar seus jogadores melhor do que qualquer técnico. Sonhar vê-lo campeão brasileiro, da Libertadores, do Mundial. Sonhá-lo grande, mesmo torcendo para times da segunda divisão do Brasileiro (he, he, he...).
A cada jogo, tensão. Camisa, bandeira, gritos de torcida na garganta. "Tu és time de tradição: raça, amor e paixão, ó meu Mengo! Eu sempre te amarei, onde estiver estarei, ó meu Mengo!"
Quem sabe mais? Quem cita de cor o número de títulos? Quem sabe a escalação completa da última partida? Quem deixa de sair para não perder o início do jogo? Quem viaja apressadamente a acompanhar o time nas partidas mais distantes? Os graus de fanatismo são diversos, a paixão é uma só. Se não o time do coração, a seleção brasileira. Nem que seja apenas durante a Copa do Mundo, nem que seja apenas pela farra da reunião para assistir aos jogos.
Porque é isso mesmo, o futebol. Reunião, torcida, compartilhamento das mais deliciosas emoções.
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