segunda-feira, 22 de junho de 2009

Da roça à cidade

Minha sogra foi à 25 de março, em São Paulo. Comprou forminhas de doces, acessórios de pista de dança, coisas simples que embelezam o casamento e que, em BrasIlha, custam uma fortuna. Eu e mamãe já estávamos programando uma viagem a BH para comprar itens de enxoval e bobagenzinhas. Mudamos de planos. Vamos a São Paulo.

Uma cidade imensa. a maior da América Latina. Um comércio fervilhante, migrantes de todo o Brasil, um forte parque industrial, gastronomia reconhecidíssima, sistema cultural a pleno vapor. E eu não conheço.

A sogra (tô falando igual o povo da novela das 8, hehehe) me trouxe uma revistinha cultural, aquela Boca a Boca, de São Paulo. Quando dei uma olhadinha na programação teatral, fiquei furiosa. Páginas e páginas de peças de todo preço, qualidade e horário. Quando ela me falou do comércio, dos preços, dos restaurantes, cheguei à conclusão de que certos estão meus amigos Júlio e Fê: Brasília é uma roça asfaltada.

Mal vejo a hora de andar naquela 25 de março, de passear nas ruas de noivas, de conhecer o Museu da Língua Portuguesa.

Mal vejo a hora.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Irmãs, de sangue e de alma

Minha irmã mais nova, Júlia, vai casar-se em setembro, pouco mais de dois meses antes do meu casamento. São, portanto, duas noivas a casarem no mesmo ano, imaginem a confusão que anda essa casa? Todos respiramos casamento, em todos os seus detalhes.

O fato é que minha irmã e eu, apesar de nossas brigas naturais de irmãs, somos muito amigas, e sempre compartilhamos e confidenciamos muitas coisas uma com a outra. Foram várias noites conversando até de madrugada, dando palpite uma na roupa da outra, escondendo segredos dos pais... E ambas acompanhamos o surgimento e desenvolvimento do romance da outra. Somos, de fato, irmãs e companheiras.

Ontem, ela me chamou para ser madrinha do casório, junto com o Lucas, nosso irmão caçula. Pensem na felicidade...

E fiquei pensando que, em três meses, começa a desfazer-se a estrutura familiar que foi meu alicerce até aqui. Tudo mudará muito. Primeiro a maninha vai, depois eu, formar a própria família. É claro que isso é motivo de alegria e comemoração, mas ao mesmo tempo percebo que sentirei muita saudadeda época do "Fecha a porta pra mamãe não ouvir".

Como é gostoso ter uma família como a minha...!

domingo, 14 de junho de 2009

Pausa - Vestibular da UnB

Hoje farei uma pausa nos posts de noiva para analisar aquele que é o objetivo do meu trabalho: o Vestibular da Universidade de Brasília.
Uma prova fácil. Da parte de gramática, morfologia, pontuação e tipos de sujeito. Nada de crase, nada de complementos de nomes, nada de período composto.
Entretanto, uma prova muito bonita e bem elaborada. O vestibulando foi cobrado não na decoreba, mas em seu estar-no-mundo. as questões foram relacionadas ao cinema. Filmes, dos clássicos aos atuais, apareceram. Itens bem elaborados, relacionando a arte cinematográfica com filosofia, história, literatura (que belo o cruzamento de linguagens), geografia, história, música, artes plásticas, teatro... Houve uma bela interação entre as humanas, e o aluno precisaria não só estar se afundando nos livros, mas principalmente ter um olhar de artista, de apreciador.
A prova lembrou-me muito de uma aula que eu e a professora Cíntia Frasão ministramos juntas. Fizemos a interpretação de letras de músicas e dissemos que a UnB espera que o aluno assuma a postura de apreciador da obra de arte, e não de simples analista. Que consiga apreender o que uma obra tem de melhor. Tal postura foi reiteradamente exigida dos alunos durante o vestibular.
Por fim, a redação. Fácil e linda. O vestibulando poderia escolher qualquer filme a que tivesse assistido e que julgasse ter modificado sua maneira de ver o mundo e as pessoas. Sim, qualquer um. Deveria, então, fazer um parágrafo narrativo, resumindo a história do filme e, a seguir, fazer uma análise do mesmo, argumentando e explicando os motivos de tal filme ser relevante e mudar a visão de mundo de seus expectadores. Completamente fora do que todos esperavam, a UnB fugiu, finalmente, ao tradicional padrão dissertativo e exigiu um texto simples e gostoso de fazer.
Achei uma linda prova. Caso haja alunos que acompanhem o blog e queiram comentar itens ou a prova em si, fiquem à vontade.