domingo, 19 de abril de 2009

Quando o amor vacila

"Eu sei que atrás deste universo de aparências,
das diferenças todas,
a esperança é preservada.

Nas xícaras sujas de ontem
o café de cada manhã é servido.
Mas existe uma palavra que não suporto ouvir,
e dela não me conformo.

Eu acredito em tudo,
mas eu quero você agora.

Eu te amo pelas tuas faltas,
pelo teu corpo marcado,
pelas tuas cicatrizes,
pelas tuas loucuras todas, minha vida.

Eu amo as tuas mãos,
mesmo que por causa delas
eu não saiba o que fazer das minhas.

Amo teu jogo triste.
As tuas roupas sujas
é aqui em casa que eu lavo.

Eu amo a tua alegria.
Mesmo fora de si,
eu te amo pela tua essência.
Até pelo que você poderia ter sido,
se a maré das circunstâncias
não tivesse te banhado
nas águas do equívoco.

Eu te amo nas horas infernais
e na vida sem tempo, quando,
sozinha, bordo mais uma toalha
de fim de semana.

Eu te amo pelas crianças e futuras rugas.
Eu te amo pelas tuas ilusões perdidas
e pelos teus sonhos inúteis.

Amo teu sistema de vida e morte.

Eu te amo pelo que se repetee que nunca é igual.
Eu te amo pelas tuas entradas,saídas e bandeiras.
Eu te amo desde os teus pés
até o que te escapa.

Eu te amo de alma para alma.
E mais que as palavras,
ainda que seja através delas
que eu me defenda,
quando digo que te amo
mais que o silêncio dos momentos difíceis,
quando o próprio amor
vacila."

(Poema recitado por Maria Bethânia - Não achei o nome do autor)

Os pesadelos

Faltam ainda sete meses para o meu casamento. Já estão fechados a lista de convidados, o cerimonial, o local, o buffet, a decoração, os doces. Já escolhi meu vestido. Mas, essa noite, tive meu primeiro pesadelo. Sonhei que casava em outra cidade, que eram 18h e ainda não havia começado a me arrumar. Tudo era diferente do esperado, quase nada estava feito e o noivo estava incomunicável.
Foi o primeiro pesadelo. De acordo com as noivas por aí, isso acontece sempre. O subconsciente nos faz enfrentar esse medo tão intenso que faz com que, durante o dia, sequer cogitemos a possibilidade de errar. Os pesadelos são os mais variados: que casamos de preto, que estamos sem vestido, que o noivo é outra pessoa, que ninguém aparece, que a decoração é horrorosa e totalmente diferente da que escolhemos, que ninguém aparece, que aparece tanta gente que não há lugar para todo mundo. Não são sonhos realistas, mas justamente por isso vão nos preparando para as piores possibilidades, o que faz com que qualquer deslize no dia seja encarado com mais facilidade.
Sei lá. Freud explica.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A chuva...


Estou no quarto do meu noivo, vendo a chuva que não pára (Sim, eu uso os acentos diferenciais e ainda não me adaptei ao Acordo Ortográfico) de cair lá fora. Meu casamento está marcado para o dia 29/11, às 19h. A idéia é casar ao pôr-do-sol, ao ar livre. Mas olho essa chuva e penso: será que vai dar?


Moro em Brasília. Por aqui, a estação seca começa em agosto e costuma terminar no final de outubro, ou seja, não é exatamente uma data segura. Meu cerimonial disse que já fez vários assim em novembro, e que não choveu, mas que medinho dá.


Dizem que chuva no dia do casamento é sinal de sorte. Eu sinceramente acredito que isso foi inventado para que houvesse um consolo para a pobre noiva. Chuva estraga o penteado, suja as coisas, dificulta a chegada dos convidados, dá mais trabalho aos manobristas, se não há manobristas os convidados chegam molhados... Não quero, não quero, não quero...


A foto no canto é para exorcizar meus medos. Casal lindo, cena linda, mas que não quero protagonizar.

domingo, 12 de abril de 2009

União de famílias

Ao se falar em casamento, pensamos muito em nossa vida com o futuro marido, e na nova família que se forma. Pensamos nos filhos que virão, em quando e como virão, em envelhecermos com alguém, em netos. Mas é preciso lembrar que o casamento também é a formação de uma nova família a partir da união de outras duas.

Sim, estou falando de sogro, sogra, cunhados. Estou falando das pessoas mais amadas na vida de quem nós amamos. Das pessoas que o formaram como ele é, que ensinaram a ele o que sabe, que o ajudaram a desenvolver as características que nos encantaram.

Muito é dito e muito se brinca sobre o relacionamento da noiva com a família do noivo, e deste com a família de sua amada. Essas brincadeiras tem sua verdade, no sentido de que realmente deve ser difícil ver surgir na vida de um filho a pessoa que o levará para outra casa, que passará a ser o centro da vida dele em seu lugar, e, com isso, muitas vezes o relacionamento com sogros torna-se desastroso. Mães ciumentas e possessivas, pais excessivamente preocupados, medo de que o filho não faça uma boa escolha, não seja feliz.

Tem sorte quem consegue conquistar. Sogros e genros/noras que superam a sensação de competitividade, que entendem que não se perde nada, mas se ganha, e desenvolvem uma relação de companheirismo com a família que se achega. Como com a nossa própria família, haverá desavenças, nem tudo serão flores. Mas se a família do outro é também a sua, há o amor e a paciência, com espaço para o perdão e o afeto.

Sim, estou mole, hoje; deve ter sido a Páscoa. Mas me sinto abençoada por ter encontrado o Mateus, e feliz por me sentir carinhosamente aceita pela família dele. Sinto-me abençoada por saber que formarei minha própria família, e antes mesmo disso já faço parte de duas famílias maravilhosas. Desejo a todos a mesma sorte.

:)

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Sexta-feira santa

Hoje é feriado. Feriado cristão. É o dia da reflexão sobre a morte de Cristo. Dia de se abster de prazeres carnais e tomar novo fôlego espiritual. Justamente por essa razão, não se come carne vermelha. É uma forma de mortificar o físico em favor do espírito.

Estou na casa da minha sogra. Ela preparará uma bacalhoada, uma moqueca de camarão e um salmão com alcaparras.

E onde ficava, mesmo, o sacrifício?

kkkkkkkkk

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Pausa - avaliações

Hoje se faz imperioso que eu dê uma pausa nos assuntos românticos. Sim, é preciso. Essa semana houve, na instituição em que ministro aulas, uma avaliação subjetiva, em que aparecem os nomes dos professores e os alunos escrevem o que pensam sobre as aulas.

Duas pérolas PRECISAM ser mencionadas:

1) Quanto ao meu amado noivo, disseram que o perfequissionismo dele tornava a aula interessante. Em tempo: pelo amor de Deus, perfeccionismo.

2) Disseram que a professora Elisa (euzinha) encina coisas desnecessárias. De fato, para alguém que escreve ensina com "c", ensinar gramática não adianta nada. Precisarei substituir minhas aulas por aulas de ortografia.

É isso. Precisava desabafar, hehe!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Amor, que saudade... Mas e o dinheiro?

Só quem é muito rico não se irrita ao pesquisar preços e idealizar o casamento. Tudo é infinitamente mais caro do que imaginamos. Para tentar adequar o sonho à realidade, eu e meu amado noivo estamos trabalhando como loucos. Somos professores de um curso pré-vestibular e, com a alta carga horária que pegamos para pagar nossa festa, mal nos vemos durante a semana. Assim, escrevo esse post, após algum tempo sem notícias justamente pela falta de tempo, para reafirmar meu amor pelo Mateus. Hoje nos vimos de manhã, ao dar aula na 516 sul. Depois só falei com ele por telefone, a voz cansada. Saudade da época que tínhamos as noites livres e deitávamos juntinhos para assistir a 4400, Friends e outras besteirinhas.

Ainda bem que sexta é feriadooo! Vou namorar muito e ficar de papo pro ar!!!