Essa frase é um ditado popular e, como todos eles, repetido como um mantra quando alguém não quer trabalhar ou não gosta do que faz. Dizê-lo atribui ao trabalho um significado bem mais amplo do que simplemente "pôr comida em casa" ou "poder comprar minhas coisas". Ignora-se, um pouco, o aspecto Capitalista-Produtivo do trabalho e confere-se ao trabalho a cracterística de fazer de quem o executa, qualquer que seja ele, uma pessoa melhor.
A visão positiva do trabalho, entretanto, é relativamente recente. No mundo pré-Revolução Industrial, o trabalho era coisa de subalternos e escravos. Os nobres dedicavam-se, sim, ao "ócio produtivo", mais especificamente, pensar. Ninguém os acordava cedo perguntando: "E aí, não vai fazer nada de útil da sua vida, não?", pois o fato de ele estar vivo já era muito útil. As mocinhas dividiam seu dia entre bordados, lições de piano, longas pestanas na rede. As senhoras davam ordem a seus escravos/empregados e supervisionavam o andamento da casa, preocupando-se apenas com seu marido chegar em casa e encontrar tudo bem organizado.
Se o trabalho como algo necessário a todos e dignificador da sociedade é tão recente, posso, sim, dizer sem o mínimo pudor que não gosto de trabalhar. Simples assim. Não é que eu não goste do que faço, eu gosto de dar aulas e, modéstia à parte, sou uma professora muito boa. É que realmente acredito que qualquer coisa, se recebe o nome de trabalho, fica desagradável. É sério! Eu adoro ler (formada em Letras, era de se esperar), mas se alguém me oferecesse um salário para ler, sei lá, dez livros por mês, provavelmente no início seria o paraíso, mas logo se tornaria um suplício por ser trabalho.
Mas e aí, Elisa, que que você quer, então?
De verdade? Quero que meu marido passe em um bom concurso, em que ele receba um salário decente para manter nossa família e que eu possa ser como as mulheres de outrora: cuidar da minha casa, educar meus filhos. E fazer o que amo, dar aula, como um prazer e não como uma obrigação.
Sonhar não custa nada...
A visão positiva do trabalho, entretanto, é relativamente recente. No mundo pré-Revolução Industrial, o trabalho era coisa de subalternos e escravos. Os nobres dedicavam-se, sim, ao "ócio produtivo", mais especificamente, pensar. Ninguém os acordava cedo perguntando: "E aí, não vai fazer nada de útil da sua vida, não?", pois o fato de ele estar vivo já era muito útil. As mocinhas dividiam seu dia entre bordados, lições de piano, longas pestanas na rede. As senhoras davam ordem a seus escravos/empregados e supervisionavam o andamento da casa, preocupando-se apenas com seu marido chegar em casa e encontrar tudo bem organizado.
Se o trabalho como algo necessário a todos e dignificador da sociedade é tão recente, posso, sim, dizer sem o mínimo pudor que não gosto de trabalhar. Simples assim. Não é que eu não goste do que faço, eu gosto de dar aulas e, modéstia à parte, sou uma professora muito boa. É que realmente acredito que qualquer coisa, se recebe o nome de trabalho, fica desagradável. É sério! Eu adoro ler (formada em Letras, era de se esperar), mas se alguém me oferecesse um salário para ler, sei lá, dez livros por mês, provavelmente no início seria o paraíso, mas logo se tornaria um suplício por ser trabalho.
Mas e aí, Elisa, que que você quer, então?
De verdade? Quero que meu marido passe em um bom concurso, em que ele receba um salário decente para manter nossa família e que eu possa ser como as mulheres de outrora: cuidar da minha casa, educar meus filhos. E fazer o que amo, dar aula, como um prazer e não como uma obrigação.
Sonhar não custa nada...
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